18 abril 2011

...Um tempo na Lua...

Do cansaço da rotina fui pra Lua. Da Lua encontrei a paz e silêncio. Da paz e o silêncio vi com um outro ângulo a Terra. E da Terra deixo minha ex-Vida para tras. Bom foi esse o motivo que me fez pegar a primeira nave para a Lua e deixar de lado todo marasmo e as coisas terrenas, para buscar a tranquilidade. Chegando na Lua, eu era o único habitante, o rei do lugar. Fazia o que queria, como e quando quisesse. Ninguem alem de mim mandava e desmandava. Fiz minha casa, com uma janela com vista para a Terra, onde podia lembrar dos tempos de stress, de como a gente se perde em meio de tanto caos.

Vivi assim por meses, mas nesse tempo todo sozinho, percebi que não encontrava paz. Vi que quanto mais me via, na minha solidão, mais me encotrava com o meu lado depressivo e sem vida que me deixavam impaciente e perdido. Queria dizer o que sentia, compartilhar o que realmente sentia e pensava, mas como se eu não tinha ninguem. Nesse momento, decidi então entrar na internet, encontrar alguém para conversar. Mas nesse momento, vi que minha distância com a Terra, me fez afastar das pessoas mais queridas, familia, amigos, amores deixados todos para trás. Então, senti não só a solidão, mas me via como alguem solitário. O meu sentimento era de que eu era apenas um corpo no meu do universo, sem vida, sem utilidade, só um espaço ocupado. Mas por alguma razão, encontrei uma amiga que a tempos não via. Ela estava afastada de certas pessoas que ela gostava, mas não isolada do mundo e de todos. Com ela, pude contar meus dias, meus sentimentos, coisas de meses guardados apenas para mim. E por alguma razão, ela viu que esse tempo todo me fizeram ficar uma pessoa impaciente, intolerante com os outros, que me faltava um pouco de Doce na Vida. Depois de muito conversar, ela me fez voltar para a Terra, com intuito de me ajudar.

Quando cheguei na Terra, vi que estava por fora de tudo. Tinha me tornado literalmente um ET. Por fora continuava o mesmo ser humano, mas por dentro me sentia totalmente deslocado. Foi nesse momento que encontrei a minha amiga, mas com alguém a mais. Com ela, vinha ela e sua filha, ainda bebê. E por alguma coisa que não posso explicar, ela me fez sorrir. Não um sorriso de apenas agrados, mas um sorriso que chegou até a alma. Nesse momento vi que não precisava ir para tão longe encontrar a paz, a calma, mas que ela estava num pedacinho de gente, mas que guardava o segredo de uma alma simples e feliz. Com isso larguei minhas idéias de volta pra Lua e decidi voltar às origens, voltar a ser criança. E para isso tudo não preciso sair do lugar, mas lembrar das coisas que realmente me fazem feliz.

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